Recife dos Mares do Sul
Tocando a onda em Cloudbreak. Foto: Hoover
Era abril de 2015. Pela quarta noite consecutiva, eu rolava na cama sem conseguir dormir. As imagens de Endless Summer II dançavam na minha mente. “Tavarua é uma bela ilha com dois dos melhores locais de surf do mundo”, dizia Bruce Brown. “ É mesmo um lindo lugar. Ar e água perto de 30° C o ano todo. A água mais bela que já vi. Aqui é Cloudbreak, no meio do oceano. Dá para ouvir as ondas quebrando no recife – o nome quer dizer recife do trovão. As ondas estavam demais...Tom Carrol surfou cada onda melhor que a outra. Em situações onde até os melhores procurariam segurança, Tommy dava uma virada e entrava no tubo, mesmo no raso! Para Tom Carrol, a onda perfeita está em Cloudbreak. Este é o tipo de dia com que você sonha. Um desses dias que só um surfista entende.”
Eu já lera tudo sobre Tavarua e sabia que, se quisesse
realizar o sonho de ir para lá, teria que tomar uma decisão – e rápido. Não
tinha ideia de quantos meses era a lista de espera, mas algo me dizia que o
tempo para bater a martelo e garantir meu lugar na temporada de ondas estava
acabando. E mesmo assim, eu continuava numa tremenda batalha mental, lutando
contra desculpas assustadoras como tsunamis que não paravam de me atormentar o sono:
É caro demais.
Eu não falo inglês.Não tem ninguém para ir comigo.
Aquilo não é onda para mim.
É muito longe.
Lembrei, então, de como
tinham sido duros os últimos tempos. Para resumir, eu havia padecido com graves
problemas de saúde, um após o outro. Eu havia chego ao ponto em que fui
obrigado a parar toda a minha vida e, de forma tão pessoal quanto possível,
olhar para o céu e perguntar: “Será? Acabou? Não, não pode ser. Deus, e a
minhas viagens? E o meu surfizinho sagrado, onde é que fica? Cara, será mesmo
que eu vou perder isso para sempre?”
Olho para o relógio: três
e meia da manhã. A lembrança dos tempos difíceis havia me feito bem. Eu tinha
todos os meios para a viagem – precisava apenas decidir. Então, subitamente
veio à memória aquela noite no hospital. Aquela vez em que, enquanto recebia
uma transfusão, o sangue do cateter solidificou, e, na tentativa de desobstruir
o coágulo, este acabou sendo empurrado para dentro da veia e eu urrei com a dor
mais excruciante da minha vida. Aquela recordação foi o suficiente para mim.
Fechei os olhos e dormi com a viagem decidida.
Algumas
horas depois eu já estava na agência de turismo.
É engraçado como
o Universo parece estar só esperando você tomar a grande decisão para começar a
trabalhar a seu favor. Pois, não só ainda havia vagas – para agosto – no
Tavarua Resort, como, no intervalo de meia hora para ir e retornar do banco,
onde fui depositar o sinal da reserva, cheguei na Liquid Trips com uma ótima
notícia me aguardando: a passagem aérea tinha caído 400 dólares. Segunda
surpresa: o voo saía de São Paulo, “e eu sei que você quer usar suas milhas
para ir daqui a Guarulhos”, disse Ligia, a agente de viagens. “Mas, vamos dar
uma olhadinha no preço...” Alguns segundos depois, mostrou a tela do pc. Não
acreditei: partindo de Floripa o valor era exatamente o mesmo – e com a mesma
franquia de bagagem...
Duas belas
coincidências – ou sincronicidades, se você preferir. Mas não as únicas: como
ainda faltava reservar uma acomodação na Nova Zelândia, na volta, mandei um
e-mail pedindo sugestões de hotéis em Auckland, e recebi uma lista. Após um fim
de semana pesquisando dezenas no Trip Advisor, optei pelo Jucy, no coração da
cidade. A Raquel, que agora era quem estava cuidando da minha trip, sorriu com
a escolha: o irmão dela trabalha lá.
Os próximos
meses foram de preparação para a viagem. Matriculei-me num curso de inglês, caprichei
no condicionamento físico, comecei a economizar mais e a me alimentar melhor.
Encomendei um pranchão com três longarinas para aguentar a surra em Cloudbreak
e decidi não falar da barca com ninguém. Como já havia gozado férias e tinha
direito a licença-prêmio, entrei com o pedido logo em seguida – e rezei. Porque
normalmente ela só sai a poucos dias do período requerido, e, às vezes, nem é
concedida. Mas eu tinha escolha? Esperar para o ano que vem estava fora de
cogitação. Eu teria que arriscar.
A sorte
favorece os corajosos, diz o provérbio. Sim, eu havia ganho a licença. E é
claro que, quando o avião finalmente decola e você está a 800 por hora em
direção ao seu sonho, surge, mais uma vez, aquela antiga pergunta, a nossa
dúvida mais essencial: se eu estava me sentindo feliz. Se eu estava me sentindo
feliz? Mas eu me sentia o próprio pobre menino sortudo com o ingresso da Fantástica
Fábrica de Chocolate na palma da minha mão! Aquilo não era apenas alegria: era
um direto na cara do destino, era o triunfo contra todas as probabilidades
contrárias, era Deus pegando em minha mão e conduzindo meu caminho... Eu sentia
vontade de chorar, de berrar, de louvar aquele momento, porque eu havia
conhecido o inferno naqueles 11 dias no hospital, mas Deus quis que me
recuperasse, e agora, à Sua maneira, recompensava a minha fé. Fiji. Em dois
dias, tudo se tornará real.
A travessia
do Pacífico ocorreu sem maiores problemas, mas uma vaga inquietação permanecia:
a hora de passar a alfândega na Nova Zelândia. Haviam me dito que,
“teoricamente, se você mandar muito mal no inglês, eles podem te mandar de
volta”. Imagine ouvir uma coisa dessas! Aquela era a viagem da minha vida, um desejo
de 20 anos, como assim, me mandar de volta? Então, eu me preparei. Verifiquei
antes absolutamente tudo que precisaria, quais perguntas me seriam feitas, o
que eu deveria responder. O grande momento afinal chegou, e, quando vi, estava
cara a cara com o agente de imigração, que mais parecia um flibusteiro, fazendo
perguntas para mim. Eu uso aparelhos de audição e, para falar a verdade, não
estava entendendo direito nada do que ele dizia. Mas eu havia reservado o meu
maior trunfo exatamente para aquele momento, e perguntei:
“I have a
booking in the hotel. Would you like to see it?”
Ele fez que
sim com a cabeça. Então, como o próprio Long John Silver jogando o mapa da Ilha
do Tesouro para os piratas um segundo antes de rebentar o motim, pus na frente
dele a pastinha que organizara com todos os documentos da viagem. Reservas,
passagens de ida e volta, extrato bancário, transfer para o hotel, seguro-viagem,
tudo. Ele a pegou como um especialista
diante de um livro raro e começou a folheá-la atentamente; pude perceber, de
imediato, que facilitar a vida dele havia sido uma ideia feliz. De pé com as mãos para trás em postura de
general, eu procurava me mostrar o mais impassível que podia, mas por dentro
estava em alerta máximo, tão ligado como um chacal no deserto.
Ele fez mais
algumas perguntas e, devolvendo meu passaporte, finalmente apontou o corredor e
disse: “Ok. By the way.” E, diante do meu sorriso de agradecimento, completou:
“Good waves!”.
Um peso
enorme evaporara das minhas costas. Eu estava quase lá.
O trecho para
Viti Levu também foi tranquilo, e cheguei na hora prevista em Nadi. Tudo estava
indo muito bem – ou quase. Eu esperava que quem fosse me buscar no aeroporto
portasse no mínimo um crachá, mas não – tudo o que aquele cara tinha era uma
lista impressa com nomes de pessoas, e o meu estava nela. Achei suficiente, mas
assim que entrei na van, ele perguntou se eu queria beber kava, e eu, pensando
que seria durante a cerimônia na ilha, respondi que sim. E então ele me fez
voltar para o aeroporto para comprar dólar fijiano para a bebida e eu disse que
não queria agora. Exausto naquele calor e começando a perder a paciência, disse
que não queria porcaria nenhuma, que queria ir para Tavarua e nada mais. Ele
ainda insistiu pedindo algo que não entendi, mas só podia ser gorjeta e eu
disse que não tinha troco. Mas o pior ainda estava por vir. Não bastasse ficar
gesticulando para cada carro que passasse em sentido contrário, ele começou a
dizer que alguém em sua família havia morrido; e então parou o carro na beira
da estrada. Pediu um minuto e logo voltou com dois fijianos, cada qual mais
mal-encarado, e o maior deles sentou bem atrás de mim. Comecei a ficar preocupado. E fiquei mais
preocupado ainda quando ele
saiu da estrada principal para uma de terra em meio aos canaviais.
Eu estava com a pulga atrás da orelha e podia
ser só a minha imaginação, mas comecei a ligar os pontos. Nem ele, nem o carro,
tinham qualquer identificação do resort. E aquela desculpa de trocar dinheiro
para comprar kava, não seria só para ver quanta grana eu tinha? E a ligação do
celular logo depois, que me pareceu um tanto nervosa, para quem teria sido? Analisando
friamente, eu era mesmo o alvo perfeito: sozinho, desarmado, sem conhecer nada
nem ninguém no país onde estava, com os preciosos dólares e cartão de crédito
na mochila. Hóspede de um hotel onde o que eu pagaria num dia ele, dirigindo
aquela van, provavelmente não ganharia num mês... Estava fácil demais: um
revólver na nuca, o dinheiro entregue com mão trêmula, o corpo jogado no meio
do canavial e estava liquidada a fatura. Eu já estava com o passaporte no bolso,
olhando com o canto do olho para ver como abrir a porta daquela maldita van
caso o pior se confirmasse. O “passeio” durou mais alguns minutos. Felizmente,
algum tempo depois, com uma freada brusca à beira-mar, aquela viagem de trem-fantasma
chegava ao fim, e pude ver, com indizível alegria, a ilha de Tavarua faiscando
como uma joia no meio do Oceano Pacífico.
O bote já me
esperava; pulei pra dentro com o maior suspiro de alívio da minha vida.
Ia ser uma semana
maravilhosa.
O espetáculo
visual da chegada em Tavarua é de arrepiar. De pé na proa, sem querer acreditar
em meus olhos, eu observava aquela fantasia tropical de queixo caído, encantado
demais para pronunciar palavra, com mil pensamentos passando pela cabeça.
Muito bem
recepcionado e logo encaminhado ao meu bure, eu finalmente pude relaxar após
aquela louca jornada de 2 dias até ali.
No outro dia
de manhã, eu já estava em Cloudbreak.
Ah,
Cloudbreak... Eu não preciso nem dizer nada; você já sabe do que estou falando.
Um metro perfeito, glassy, sol e água quente – que lugar melhor para acabar com
um jejum de 2 meses sem surfar e estrear uma prancha? O Beto da Calibre tinha mesmo
feito um ótimo trabalho: a minha quadriquilha vermelha corria aquelas paredes como
uma Ferrari. Não tinha erro: era dropar e entubar.
Após três horas
de surf e com a rapaziada faminta, Namanu deu a partida e tocou a canoa de volta
para terra firme. De cabeça feita e estirado sobre as capas de prancha com a
viagem ganha, eu queria que aquele momento não acabasse nunca.
No outro
dia, ao alvorecer, eu já estava de novo no barco para mais uma sessão.
O tempo
havia mudado. Chuviscava e um vento lateral encrespava a face das ondas, que
agora haviam dobrado de tamanho.
Era 7 horas da
manhã e eu já estava na água. Normalmente meu corpo só está bem desperto lá
pelas 9, mas o que eu podia fazer? Estava em Fiji, sonho com isso há anos,
tenho que aproveitar cada minuto, eu pensava. Então, comecei a remar lentamente
para o outside, já sentindo que os meus reflexos haviam ficado em terra.
Logo entrou a
série e uma esquerda overhead veio direto para mim; virei a prancha e fui,
saindo só lá embaixo em frente à torre, após a famigerada sessão 'shish kebabs' – a parte final da onda, que quebra sobre um recife raso que come
carne e do qual eu queria distância. Meus
pés roçaram apenas de leve o coral, mas torci para que aquele primeiro contato
fosse também o último.
Voltei para
a zona intermediária para observar melhor o mar e esperar a boa.
Eu já estava
há mais de meia hora tentando e não conseguira pegar mais nenhuma onda. Na
verdade eu agora tremia de frio, mal remava e séries de 6’+ descascavam na
bancada de coral. Eu sentia meus dentes castanholarem, meu corpo pedindo para
voltar à segurança do barco, mas queria pegar mais uma.
Naquele
momento, eu não tinha ritmo para disputar as ondas com o crowd; então fui para
longe, até o primeiro pico, e aguardei.
Mas não
precisei esperar muito: logo entrou uma nova série, e uma onda feia, escura e
malvada surgiu do nada e começou a armar no outside.
Eu era o
cara mais para fora, então aquela era minha; olhei por um momento, me posicionei
e comecei a remar.
Havia lido
em algum lugar para nunca ir na primeira, mas eu já surfara uma onda naquela
manhã, outro tanto no dia anterior e achei que não teria problemas. Erro.
Confiante,
fiquei de pé e dropei; dois segundos após já senti o long embicando sem
controle enquanto eu despencava com tudo para cima do recife.
Vinte e sete
anos de surf haviam me ensinado a cair com segurança, de forma que não fiquei
muito preocupado; o que eu mais temia era depois, quando voltasse no repuxo e
fosse centrifugado pelo lip.
Dito e
feito: fiquei tranquilo na primeira explosão, e rezei enquanto, como um boneco
de pano, fui arremessado de ponta-cabeça no vazio. Por mais capricorniano que
fosse, eu senti, naquela fração de segundo, que o meu destino estava fora das
minhas mãos.
Explodi junto
com o lip e fui ejetado para cima, já sem a prancha; o leash 10’ Da Kine para
SUP havia arrebentado como um barbante.
Vi que tinha
escapado ileso e comecei a nadar, achando que estava bem, mas as mangas da
jaqueta de neoprene encherem d’água e vi que estava em apuros. Mergulhei sob
mais duas ondas e foi então que um cara que estava surfando sem cordinha veio e
deu a prancha dele para mim. Depois daquele caldo eu não tinha mais energia nem para
agradecer, então comecei a remar lentamente para fora da zona de impacto.
Por sorte,
veio uma calmaria e consegui chegar ao barco, com a moral um tanto abalada – pela
primeira vez na vida eu aceitara ajuda para sair do mar. O pranchão foi
parar no outro lado do reef e só foi recuperado 40 minutos mais tarde,
devidamente detonado. Antes ele do que eu.
Eu passei o resto do dia... Como vou dizer... filosófico.
Havia sido o wipe-out da minha vida e eu me perguntava onde tinha errado. A
galera tinha assistido de camarote e os caras com quem falei, fazendo um gesto
com a mão, afirmaram a mesma coisa: que na hora do take-off a prancha ficou
totalmente na vertical – só que o meu longboard mede 8’7. Merda, será que
estava maior do que eu pensava?
De qualquer
forma eu estava inteiro, e foi com grande prazer que naquela noite, celebrando com
o pessoal do resort mais um dia de altas ondas em Fiji, eu brindei à vida por ter
surfado e voltado com a pele intacta de Cloudbreak.
Nos dias
seguintes o vento apertou e praticamente acabou com o surf. Ainda peguei um fim de
tarde num Restaurants bem mexido, mas o suficiente para me convencer que podia
sim surfar aquela onda, que não era rápida demais.
Li os livros
que levei, fui à missa (rezada em fijiano, imagine...), provei a famosa kava na
cerimônia de boas-vindas, e, claro, aproveitei para conhecer melhor a galera
local. E o staff de lá... Bem, acho que você já adivinhou o que eu vou dizer: o
astral daquele povo é mesmo um capítulo à parte. Mas você não deve simplesmente
acreditar em mim. Nem em Kelly Slater, que já disse que as pessoas de Tavarua
são as mais legais do mundo. Não – tal impressão é muito particular. Você precisa
confirmar isso ao vivo.
Tavarua excede, de longe, o mais perfeito
clichê tropical que se possa conceber, de uma forma que chega a ser ridículo.
Está tudo lá: os coqueiros, a água cristalina, o poente alucinante, a comida
farta, o povo acolhedor... Como todo
paraíso, também tem a sua serpente, mortal, é claro, mas pasme: além de mansa,
ela é praticamente incapaz de inocular o veneno. Acredite se quiser, mas está no
livro de hóspedes: ninguém até hoje perdeu a vida mordido lá! Tem tubarões,
igualmente inofensivos, como eu mesmo atestei quando fui dar uma remada de
stand-up ao redor da ilha e vi um a três metros de mim. Sol o ano todo, cobras
que não matam, tubarões que não mordem e as ondas mais perfeitas da Terra –
tudo isso nessa pequena ilha caprichosamente shapeada em forma de coração. Se
eu não visse, eu não acreditava...
De qualquer
forma, minha semana chegou ao fim e voltei para a Nova Zelândia. Eu ainda tinha
duas noites na terra dos Kiwis antes de regressar para o Brasil.
Minha
passagem pela Ilha Norte foi rápida, e com o tempo frio e chuvoso não pude
conhecer muito. Ficou na memória o translado para o hotel, a calma
transcendente que senti enquanto, depois de vencer tantos medos e realizar aquele sonho antigo, eu era conduzido
velozmente pelas avenidas de Auckland. Após meses de aulas de inglês, centenas
de consultas ao google tradutor e uma tremenda ansiedade, chega um ponto importantíssimo em sua viagem em que você
finalmente se percebe confortável tão longe de casa; neste momento, você
atravessou uma fronteira. Sua mente se expandiu, e você nunca mais é o mesmo.
Para mim,
Fiji foi um ponto de inflexão, um recomeço. Tomar a decisão de ir para tão
longe, e sozinho, surfar aquele arrecife no meio do nada foi um dos maiores
riscos que já assumi na vida, mas que, ao mesmo tempo, me trouxe alguns dos
momentos mais gratificantes que já experimentei. Você faz as pazes com o seu
passado quando ele lhe trouxe até o dia de hoje, com saúde e surfando as ondas
da sua vida – e ainda por cima, escapando sem nenhum arranhão. Porque não
faria?
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é
pequena.Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
[Fernando
Pessoa]
*Publicado no portal Waves como Um sonho chamado Fiji.
http://waves.terra.com.br/waves/expedicao/barca-da-galera/fotos/um-sonho-chamado-fiji
*Publicado no portal Waves como Um sonho chamado Fiji.
http://waves.terra.com.br/waves/expedicao/barca-da-galera/fotos/um-sonho-chamado-fiji
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